Policiais invadiram residência e violaram quarto de policial morta por companheiro também militar

  • 06/12/2025
(Foto: Reprodução)
Policiais invadiram residência e reviraram quarto de policial morta por companheiro O apartamento da policial militar Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, assassinada a tiros na quarta-feira (3), foi invadido e revirado por policiais militares na sexta-feira (5), segundo relata a família da vítima. O companheiro de Larissa, também policial militar, Joaquim Filho, está preso, suspeito de feminicídio. ✅ Clique e siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp Conforme apuração da TV Verdes Mares, um grupo de policiais foi até o condomínio onde Larissa morava, solicitou acesso ao porteiro, digitou a senha do bloco em que a vítima residia e entrou no apartamento usando uma chave. A ida ao local ocorreu sem autorização da Justiça ou da família da vítima. A família de Larissa afirmou que o quarto dela estava revirado. Imagens obtidas com exclusividade pela TV Verdes Mares mostram o baú da cama aberto. A mãe da policial disse não saber se os agentes que invadiram o local subtraíram algo que pudesse ser utilizado como prova no crime que vitimou a filha. "A gente ficou sabendo [da entrada de policiais militares no apartamento] pelo porteiro. O porteiro falou que era [policial], mas não era civil, que era uma polícia militar normal. E o que eles estavam aqui? Passaram uma hora aqui dentro do apartamento dela fazendo o que se eles não são de investigação?", questiona a mãe de Larissa, Fabíola Gomes. O g1 e a TV Verdes Mares tentaram contato com a defesa de Joaquim Filho para comentar o caso, mas não obtiveram resposta até a última atualização desta reportagem. Policial assassinada por companheiro militar teve casa invadida e revirada por policiais Kilvia Muniz/TV Verdes Mares Mãe de três filhos e policial dedicada A agente, mãe de três filhos, entrou para a Polícia Militar do Ceará em 22 de junho de 2022 e atuava na 1ª Companhia do 15º Batalhão. Colegas a descreviam como uma pessoa "sonhadora, dedicada e assídua". "A SD Larissa era um exemplo para o 15° Batalhão. Mãe de três filhos, sonhadora, dedicada, assídua, companheira e camarada. Excelente profissional que tínhamos aqui", afirmou o subcomandante da unidade, capitão Felipe Amorim. De acordo com sua mãe, Fabíola Paiva, Larissa era uma pessoa tranquila e estudiosa que batalhou muito para ser aprovada no concurso. "A gente veio de favela e ela teve a visão de ir mais para frente, para conseguir estudar e passar nesse curso de formação", disse Fabíola em entrevista à TV Verdes Mares. Durante o curso de formação, Larissa conheceu o soldado Joaquim Filho, de 26 anos, preso como suspeito de ser o autor do disparo que a matou. O relacionamento, que durava quatro anos, era marcado por um histórico grave de violência doméstica, conforme narrado pela mãe da vítima. Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, era soldada da Polícia Militar do Ceará desde 2022 e mãe de três crianças. Arquivo pessoal LEIA TAMBÉM: Policial morta em discussão com companheiro militar havia relatado agressão anterior: 'Várias coronhadas' PM que matou ex-companheira policial já havia atirado em objetos da casa em brigas anteriores, diz mãe Policial militar morre após troca de tiros com o marido, também policial, no Ceará Policial militar morta no Ceará após trocar tiros com o marido foi atingida no abdome e no tórax Relacionamento marcado por agressões A policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, morreu após trocar tiros com o companheiro, o soldado Joaquim Filho, durante uma discussão no Eusébio. Arquivo pessoal Ainda segundo a mãe de Larissa, a agente conheceu o soldado Joaquim Filho no curso de formação da polícia. Os dois estavam juntos há quatro anos. O relacionamento do casal de policiais era marcado por agressões do militar contra a companheira. "Ele já deu tiro na garrafa dela, por ela está conversando com um colega de trabalho. De lá para cá, foi só isso. Foi tiro no sofá, já rasgou o colchão dela todinho de faca, tem tiro no chão da casa dela, a porta do apartamento tá toda quebrada, até o dente dela ele já quebrou", afirmou a mãe da vítima. Policial morta durante discussão do companheiro havia relatado agressão para amiga Em uma das agressões, Larissa foi atingida com coronhadas na cabeça. Após o episódio, ela fez fotos dos ferimentos e mandou áudios para uma amiga relatando o ocorrido. (ouça o áudio acima). Além de agredir Larissa, Joaquim a impedia de ter contato com amigos e com os filhos dela, de um relacionamento anterior, que moram com a mãe da agente. A policial Larissa Gomes, que morreu durante uma discussão com o companheiro também militar, deixa três filhos pequenos. Arquivo pessoal "Ele sempre foi agressivo. Afastou ela dos amigos, dos filhos dela. Ela só andava na minha mãe e na minha casa para ver os filhos dela quando não estava com ele, porque quando ela estava com ele, ele não deixava ela vim. Foram quatro anos de muito sofrimento que a minha filha passou na mão dele", disse Fabíola. A mãe da policial também relatou que quando tomou conhecimento das agressões tentou denunciar o genro, mas foi ameaçada por ele. "Da última vez, que foi dessas coronhadas, eu disse que iria denunciar. Aí ele foi lá, bateu a foto do meu apartamento e disse que se eu denunciasse ele sabia onde eu morava", relatou a mãe de Larissa. Policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, que morreu após ser baleada pelo companheiro militar, havia relatado agressão anterior do homem para a amiga. Arquivo pessoal Versão do agente sobre morte da companheira Policial Militar morre no Eusébio Joaquim relatou para a polícia que ele e Larissa trocaram tiros e balearam uma ao outro durante uma discussão na tarde desta quarta-feira (3), na cidade do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Larissa foi baleada no abdômen e no tórax. Já Joaquim levou um tiro na perna. O casal foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Eusébio, onde foi constatada a morte da policial. O agente baleado, que não estava de serviço no momento do ocorrido, foi transferido para o Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Ele permanece internado sob escolta policial. O quadro de saúde dele é estável. Segundo a Polícia Militar, as armas usadas pelo casal de soldados pertencem à corporação e foram apreendidas no local do crime. "As duas armas da corporação, apreendidas na cena do fato, assim como demais informações colhidas na ocorrência, serão apresentadas à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina", disse a Polícia Militar. O g1 questionou a PM se a morte de Larissa é investigada como feminicídio ou homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, a corporação não respondeu ao questionamento. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/12/06/policiais-invadiram-residencia-e-violaram-quarto-de-policial-morta-por-companheiro-tambem-militar.ghtml


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